["Non... Rien de rien.../Non... Je ne regrette rien/C'est payé,/balayé, oublié,/Je m'en fous du passé!"]

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Coração disritmado

eu quero é que
a minha palavra seja fria
fina ponte que afunila
afinando feito ponta de punhal
perfurando pra tocar sem ferir
o que há de mais gritante em ti.


Com todo respeito Sr. Vinícius,

Qual ser não romperia com o esquecer?
Sopro aos pés dos ouvidos um som agudo
Monólogo de Orfeu e suas horas.
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.”

Qual ser não fruiria do esplendor?
De ver, e estar doente dos olhos  
As metamorfoses do querer
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto

Qual ser não se agarraria a grandeza do sonho?
Perante o encolhimento da realidade
 E o admirável impossível
“Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!”

Qual ser não se deitaria a espera?
Diante proclame tão alto em dizer
Que outro ser por ti, junto a lua, há de eternizar
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia