A paisagem de minha janela é um prédio
O concreto que vejo reflete o abstrato em mim
A parte a dentro é todo um quarto
Amarração das minhas fugíeis ideias nulas
Conspirando contra o deserto lar
Os antigos frascos de perfume amargo
De vidro quebrado
De volta pro aço
Em uma constante estripulia revolta
Em volta do mesmo plástico abafado
Ver as narinas clamarem por ser
Aquilo que antes não haveria de morrer
Sob a malha fina e discreta
A [pai]sagem do meu quarto
Há mais concreto dentro dele!