“Que sei eu do
que serei, eu que não sei o que sou?”
F.P
Talvez as pequenas certezas me sejam
falhas
Talvez eu não saiba nada de tão claro
sobre o porvir
Talvez a minha mente procure explicações
nulas
Talvez eu remeta a Pessoa para deslumbrar
uma liberdade qualquer
Mas de nada tenho dúvidas quanto ao meu
sentir
O
sentir de uma vontade incessante de poder ouvir, olhar, tocar, falar...
De saber que é terna em minha mente cada
lembrança tua
Onde fujo de todas as realidades
convencionais prendidas a razão
Não...
Não procuro entender nada, apenas me deixo
correr como um rio
Que deságua no mar sem saber para onde nem
de tamanho
Que aguarda a chuva para encher-se de uma vivacidade
risonha
Banhando o que foi, o aqui, o agora, e
por que não o porvir?
A única fidúcia que trago...
Sou toda sinestesia, todas as sensações
E as inúmeras interrogações recíprocas que
me cercam
Tão interessantes são pelo simples fato de
existirem
Deixando o gosto infante por um maior descobrir