["Non... Rien de rien.../Non... Je ne regrette rien/C'est payé,/balayé, oublié,/Je m'en fous du passé!"]

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Entrevista com Tom

Mas Tom, por que você diz que o amor é egoísta?
−ah... porque nunca amamos uns aos outros e sim a nós mesmos. Na verdade só nos importamos com o nosso próprio rabo, ou melhor, ego... como contrário aos macacos. A racionalidade fez-nos egoístas de berço.  Dizemos aos quatro ventos as quatro letrinhas rsrsrs... e quando pensa que não... o universo em desencanto.  
Mas Tom, e se eu disser que te amo?
−vou dizer que você é uma imbecil que não usa nem 10% de sua cabeça animal. Que logo mais verás que o amor é como vômito... depois que se lança pra fora, todo mal-estar passa. Que um nasce pra sofrer enquanto o outro rir kkkkkkkk... entre a pergunta que não quer calar... quem você quer ser? O que rir, aposto que sim. Sim sim sim... só cuida de si... o amor é egoísta. Não tenho saco pra ele.
Mas Tom, e se nos perdermos um do outro, já que não existe amor?
− Mas o amor existe... só que ele é sem alma e cruel... não te preocupas, isto nunca iremos alcançar... você só quer criar uma imagem boa pra vender. O cuidado que temos é pra não nos encontrarmos, já que nunca nos achamos. Não acredito mais nesse lero lero, já disse... não tenho colhões pra isso!!!!
Mas Tom,

− ...............

Lançamento

Vômito de palavras
Constantes, inconstantes
Sem preocupação.
Lambança das rígidas mãos
das verdades mentiras
ouvidas entrelinhas e riscos
dos nomes passados
estouro de uma pequena passagem,
mas que bobagem...


São apenas saudades sem solidão
entregues a folia. 

Entre términos e decoros


É cedo... e sobre nossos pés
O chão árido e seco sertão
Barreiras, vielas, desnúcleos
Desmundos em periferia
Lendo ventos que vêm de outros lugares
Por viagem de trem sem ver o mar
Em espirais risadas macambúzias de tão intrínsecas...