["Non... Rien de rien.../Non... Je ne regrette rien/C'est payé,/balayé, oublié,/Je m'en fous du passé!"]

quarta-feira, 27 de março de 2013

A ausência no cais




Três pilares
Dois desconhecem um deles
A euforia de um Mestre
Dos disfarces
Criam pernas ligeiras
Nas ruas de um antigo Recife
Escondem-se dos olhos opostos
Permitem-se ao gozo lambuzado
Correndo as cortinas de um quarto qualquer
Duma madrugada já quase finda

Rompem o anonimato...

Agora são carnes pertencidas
De uma rígida força animalesca
Penetração do mastro na flor encardida
Desnudos de alma e sentimentos
Servos de uma frustração

Rasgam as faces

Brincam pervertidos
Entre o claro e o escuro
Num jogo desconexo em feixe de luz
Amantes de suas próprias vontades
A sós em trio se partem

E já na chegada...

Sorriem naturalmente
Do fétido ato arapuqueado 

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