["Non... Rien de rien.../Non... Je ne regrette rien/C'est payé,/balayé, oublié,/Je m'en fous du passé!"]

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

a Vanessa Macedo
















A paisagem de minha janela é um prédio
O concreto que vejo reflete o abstrato em mim
A parte a dentro é todo um quarto

Amarração das minhas fugíeis ideias nulas
Conspirando contra o deserto lar
Os antigos frascos de perfume amargo

De vidro quebrado
De volta pro aço

Em uma constante estripulia revolta
Em volta do mesmo plástico abafado
Ver as narinas clamarem por ser

Aquilo que antes não haveria de morrer
Sob a malha fina e discreta
A [pai]sagem do meu quarto


Há mais concreto dentro dele!  

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  2. Fiquei muito feliz (de verdade) com a sinceridade dessas palavras, com a sua sensibilidade ao olhar algo tão meu, tão sentido (e que ate ao olhar do meu pai passou despercebido), e transformar isso em uma arte. mas, a poesia esta aí para isso, para nos salvarmos!

    ResponderEliminar