Sinto-me criado por olhos fieis
Com um lado a não pulsar
Sendo vivo apenas nas tuas mãos
A me pintar
Delírio de mente inocente
Revelas o que nem de longe sou
Pudera guardar tal imagem que aí estou
Mas, perplexo de imunda realidade
Não guardas o retrato de outrora
Nem me concedes o mesmo olhar
Quando me fitavas sossegado...
E de inquieta surpresa de mirar-te
Me pego sedento em luxúria da mesma
Nuca que um dia pude tê-la
Recordo-me de um passado recente
Inclino ao canto a alma
Dirijo a mão à pena
E apenas escrevo...
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