["Non... Rien de rien.../Non... Je ne regrette rien/C'est payé,/balayé, oublié,/Je m'en fous du passé!"]

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PANAPANÁ

Sei que o teu olhar condensa
Infinita beleza, tão assim...
Sem nome, nem porquês
Reboliço por dentro que destrói
Devassa qualquer fio de pensamento
Que não seja por ti... álibi.

És um Crime!
Sonhar-te a carne desnuda
É a súplica dos meus dias
E quando a noite vem...
Receio ter coragem pra pedir licença
E entrar em ti... nua de mim.

Quero sem medo
Roubar-te a capacidade
De prender-me sem esforço
À memória de teu corpo...
Crente que estais sempre
Na frete, por trás e aos lados... logo ali.


Mas sei também que a dor é nula
Como os conchavos perdidos
Resquícios sem medida
De ousadas manhãs fugidas...
Que ainda formam em meu avesso

Imensa nuvem de panapaná... por fim.  

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